UM ADEUS, UMA SAUDADE
Um
violão encostado lá no canto,
um canto que eu fiz, mas você não nota,
uma nota que não é ré,
uma nota que não é dó,
porque dó você não tem
e eu sinto tanta pena.
Com
minha pena escrevo meu triste adeus
e a Deus peço um pouco de poder
pra poder esquecer minha viola
que está muda, mas não muda
o meu canto, meu invento
como encanto, jogado ao vento.
Só
fala nela que já demora
e na janela onde ela mora
não há mais canto, nem um recanto,
não há mais ela, não há mais eu
e o amor que é dela
já não é mais meu
(Carlos Roberto N. Morais)
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