GAZELA FRÊMITO

Quando amorosamente te grudas ao meu corpo
A manhã de maio me abraça
O céu se remodula em mulher
E se oferece com turgivelãnuances de pêssego.

Toda tatuada de sombreios
Me rogaças gazela frêmito.

Magnólias blumorescem em teu riso.

Imóvel, ondulas. Inconcreta, polplasma-te.

Láscil espluméa rociada gardênica
Sob minhas carícias te eriças felínea.

Arpejos lascivos se aglomeram em teus declives
Possuo a vida ao cingir-te! É substantiva a poesia!

(Oswaldino Marques)

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