POESIA EM TODAS AS MÍDIAS
Um polivalente da
poesia. Assim se define o poeta Aroldo Pereira, que está
completando 20 anos de dedicação à arte literária. A
comemoração é com muito agito cultural. De uma só vez, Aroldo
prepara o lançamento de um livro, de um CD só de poesias e a
montagem de um espetáculo de balé, performances poéticas,
além de um filme.
O nome do livro de Aroldo Pereia é "parangolé", que
chega Às livrarias em maio, pela Orobó Edições. Além de
textos inéditos, a obra é uma seleção dos trabalhos de Aroldo
Pereira ao longo desses 20 anos, retirados de outros cinco livros
publicados pelo autor: "Canto de encantar serpente",
"Azul Geral", "Haikai quem queira" e
"Doces Pérolas Púrpuras", tendo ainda poemas de
"Cinema Bumerangue", sua publicação mais recente.
Conforme Aroldo, o livro, que marca seus 20 anos de poesia, será
lançado primeiro em Belo Horizonte e depois no Rio, São Paulo e
Curitiba. Ainda não foi definido o cronograma das
apresentações do espetáculo.
Aroldo mostra seu talento em outro livro que acaba de chegar ao
mercado: "Antologia Poesia Conteporânea".
Lançado pela editora alternativa Plurartes, conta com a
participação dos poetas Adão Ventura, Lucimar Cardoso, Flávio
Andrade, Wilmar Silva e Wagner Torres.
Embora residindo em Montes Claros, a 420 Km de Belo Horizonte,
Aroldo Pereira sempre está ligado aos acontecimentos da poesia
pelo Brasil afora.
Na opnião de Aroldo, a poesia será sempre importante na vida
humana, mas não para servir como fonte de renda. "A poesia
não é um produto de mercado para ganhar dinheiro, mas sempre
vai interferir na discussão do desenvolvimento do homem. Talvez,
a principal função da poesia seja curar diversas dores através
da palavra."
(Matéria de Luiz Ribeiro publicada no jornal ESTADO DE MINAS em 09 de Fevereiro de 1999)
Saiba mais sobre Aroldo Pereira visitando o site :
http://www.conect.psiupoetico.com.br
SONETOS DE LORCA SÃO LANÇADOS NO BRASIL EM EDIÇÃO BILÍNGUE
"Ao
lado de "Os prazeres Proibidos", do espanhol Luis
Cernuda, e "Fala Corpo", do grego Konstantinos
Kavákis, os "Sonetos do Amor Obscuro", do poeta
espanhol Federico Garcia Lorca (1898-1936) são um dos principais
momentos da poesia homoerótica neste século. Numa bela
tradução do também poeta Afonso Félix de Souza, os sonetos de
Lorca, por muito tempo, escondidos do público devido a uma
decisão dos herdeiros do poeta espanhol, são finalmente
lançados no Brasil numa edição completa e bilíngue.
"Sonetos do Amor Obscuro e Divã do Tamarit" (editora
Bertrand Brasil, 112 páginas, R$ 14,50) revela influências
nítidas dos "Sonetos" do bardo britânico Willian
Shakespeare, poemas que também são alusivos à paixão entre
iguais.
Mas não são só a relação corporal e o terreno físico os
feixes básicos destes poemas do autor de "Bodas de
Sangue" e "Yerma". Nos onze sonetos que compõem a
série podem ser vislumbradas outras influências de grande
valor, como os ecos da lírica amorosa presente na tradição
literária espanhola, desde os poemas e canções sefardistas
(hispânico-judias) até o erotismo e a sensualidade
arábigo-andaluzas.
Federico Garcia Lorca, cuja homossexualidade nunca foi assumida
publicamente, não tem medo de expor nos poemas suas
preferências afetivas. Ele canta as ambigüidades do amor
obscuro, secreto, sempre envolto pelo temor da perda e
separação do corpo amado. Construindo metáforas inteligentes,
Lorca lamenta "as túrbidas palavras que mordem os
espíritos dos amantes".
Em outros momentos, há um certo relaxamento espiritual, que o
aproxima ainda mais da lírica emocionada porém reflexiva,
não-escancarada de Kavákis. É o caso, por exemplo, de "O
Amor Dorme no Peito do Poeta":
"Tu
nunca entenderás quando te quero porque vives em mim, adormecido Por vozes de aço agudo perseguido dentro de mim, em pranto, eu te encarcero. Norma que agita igual carne e luzeiro traspassa já meu peito dolorido e as túrbidas palavras têm mordido as asas de teu ânimo severo". |
Além dos sonetos homoeróticos, o livro reúne também o "Divã de Tamarit", inspirado nos gazéis da lírica persa. São poemas curtos, preferencialmente eróticos, compostos, segundo o biógrafo do poeta, o pesquisador inglês Ian Gibson, como uma homenagem aos antigos poetas de Granada. A inspiração árabe aparece de forma intensa nos poemas, pequenos flashes das "Mil e uma Noites". O lado Sheerazade de Lorca é formidável."
(Matéria
de Alécio Cunha publicada no jornal HOJE EM DIA, de Belo
Horizonte em
09 de Fevereiro de 1999)
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