"Uma vida bem escrita é quase tão rara como uma vida bem vivida"
(Thomas Carlyle)

AUGUSTO DOS ANJOS CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
CASIMIRO DE ABREU CASTRO ALVES
CECÍLIA MEIRELES FERNANDO PESSOA
GONÇALVES DIAS GUILHERME DE ALMEIDA
MANUEL BANDEIRA MÁRIO DE ANDRADE
MÁRIO QUINTANA OSWALD DE ANDRADE
VINÍCIUS DE MORAES  


 

ANJOS (Augusto de Carvalho Rodrigues dos), poeta brasileiro(Espírito Santo, PB, 1884 - Leopoldina, MG, 1914). Lecionou literatura no Liceu Pernambucano e, no Rio de Janeiro, geografia, na antiga Escola Normal e no Colégio Pedro II. A nota predominante em sua temática é a morte, a morbidez,o pessimismo; seus versos, vazados em forma lapidar e demetrificação disciplinada e musical, encerram, por vezes, extravagâncias vocabulares até então inusitadas, em que enxameiam termos técnicos, alguns abstrusos e antieufônicos, valorizados, porém, pela expressividade trágica que lhes comunicava o poeta. É autor de um único livro, Eu (1912), que, a partir da 2.ª edição, póstuma, se publicou com o título de Eu e outras poesias (1919).

 


 

GONÇALVES DIAS (Antônio), poeta romântico brasileiro (Caxias, MA, 1823 – no mar, perto de Guimarães, MA, 1864). Cultivou o teatro, a história, a etnografia e os estudos lingüísticos. Mas foi como poeta lírico e, sobretudo, como criador da imagem romântica e épica do índio brasileiro que se consagrou verdadeiro intérprete do sentimento nacional. Obras principais:
Primeiros cantos (1847); D. Leonor de Mendonça (drama, 1847); Segundos cantos (1848); Últimos cantos (1851); Os timbiras (1857); Dicionário da língua tupi (1858); Vocabulário da língua geral usada no alto Amazonas (1859); O Brasil e a Oceania (póstumo, 1910). Patrono da cadeira n.º 15 da A.B.L.


CASTRO ALVES (Antônio Frederico de), poeta brasileiro da última fase do romantismo (Muritiba, BA, 1847 - Salvador, 1871).
Extremamente sensível às inspirações revolucionárias e liberais do séc. XIX, viveu com intensidade os grandes episódios históricos do seu tempo e foi, no Brasil, o anúncio da Abolição e da República; devotou-se apaixonadamente à causa abolicionista, o que lhe valeu a antonomásia de "Cantor dos escravos". Teve intensa vida sentimental, havendo desempenhado importante papel em sua lírica a ligação amorosa com a atriz Eugênia Câmara. Duas vertentes se distinguem em sua poesia: a feição social e humanitária, à Vitor Hugo, em que alcança momentos de fulgurante eloqüência épica; a feição lírico-amorosa, mesclada da sensualidade de um autêntico filho dos trópicos. Obras: Espumas flutuantes (1870); Gonzaga ou a Revolução de Minas (1876); A cachoeira de Paulo Afonso (1876); Os escravos, dividido em duas partes: 1. A cachoeira de Paulo Afonso; 2. Manuscritos de Stênio (1883).
Patrono da cadeira n.º 7 da A.B.L.

 


 

ANDRADE (José Oswald de Sousa), poeta, romancista, ensaísta, teatrólogo e jornalista brasileiro (São Paulo, 1890 - id., 1954). Uma das principais figuras do modernismo, de espírito irreverente e polêmico. Fundador da Revista de Antropofagia, com a qual deu continuidade ao movimento nativista "Pau-Brasil", que lançara da Europa em 1924. Obras principais: Memórias sentimentais de João Miramar (1924); Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade (1927); Marco zero (1943).

 


 

MEIRELES (Cecília), poetisa brasileira, nasceu no Rio de Janeiro em 7 de janeiro de 1901. Em 1910, concluiu o curso primário e, sete anos depois diplomou-se professora primária e passou a desenvolver intensa atividade como educadora. Estudou também línguas, canto, violino. Aos dezoitos anos lançou o livro de poemas Espectros, pelo qual recebeu elogios da crítica especializada. Em 1934 organizou a primeira biblioteca infantil do país. Em 1935 foi nomeada professora de Literatura Luso-brasileira e, depois, de Técnica e Crítica Literária na Universidade do então Distrito Federal.
Cecília Meireles faleceu no dia 9 de novembro de 1964, em pleno apogeu de sua atividade literária. Recebeu, post mortem, o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra.
De fina espiritualidade, sua poesia, sem deixar de ser moderna, mergulha raízes nas essências do simbolismo, caracterizando-se, no plano formal, pela riqueza de recursos estilísticos. Obras principais: Viagem (1938); Vaga música (1942); Mar absoluto (1945); Romanceiro da Inconfidência (1953); Solombra (1964).

 

 


 

Carlos Drummond de Andrade

DRUMMOND DE ANDRADE (Carlos), poeta e prosador brasileiro(Itabira, MG, 1902 – Rio de Janeiro, 1987). Poesia complexa e profunda, de múltiplas facetas: a visão de um universo grotesco, a tristeza e horror à vida, o senso de solidariedade humana, a luta pela expressão. Em gênero mais leve, como a crônica, revela, ora com desencanto, ora com espírito satírico, minuciosa observação do cotidiano. Tem sido traduzido para várias línguas. Obras principais: poesia — Alguma poesia (1930), Brejo das almas (1934), Sentimento do mundo (1940), José (1942), A rosa do povo (1945), A paixão medida (1981), Corpo (1984); crônicas —Contos de aprendiz (1951), Fala amendoeira (1957), Cadeira de balanço (1966), O poder ultrajovem (1972).

Visite o site de Carlos Drummond de Andrade:


 

PESSOA (Fernando Antônio Nogueira), poeta português (Lisboa, 1888 - id., 1935), uma das figuras mais singulares e complexas da literatura portuguesa. Educado em Durban (África do Sul), dominou a língua inglesa tanto quanto a materna. Sua versatilidade levou-o à criação dos heterônimos de Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, dos quais inventou biografias distintas e cujas poesias são, na forma e no conteúdo, outras vozes de que se valeu para transmitir a heterogeneidade de sua riqueza interior. Obras completas, publicadas em 8 volumes: I. Poesias de Fernando Pessoa (1942); II. Poesias de Álvaro de Campos (1944); III. Poemas de Alberto Caeiro (1946); IV. Odes de Ricardo Reis (1946) (v. MENSAGEM, 3.a edição, 1945); VI. Poemas dramáticos (1952); VII e VIII. Poesias inéditas (1955-1956). A produção em inglês consta de 35 Sonnets e Epithalamium (ambos de 1913), Antinous (1918) e English poems (1921).

 


 

ANDRADE (Mário Raul de Morais), polígrafo brasileiro (São Paulo, 1893 - id., 1945) de palpitante inquietação intelectual, líder do movimento modernista de 1922. Poeta, romancista, contista, crítico literário, teórico de arte, musicólogo, folclorista, epistológrafo. Exerceu e continua a exercer grande influência nas gerações literárias. Obras principais: Paulicéia desvairada (1922); Losango cáqui (1926); Clã do jabuti (1927); Amar, verbo intransitivo (1927); Macunaíma (1928); Ensaio sobre música brasileira (1929); O empalhador de passarinho (1946).

 


 

QUINTANA (Mário Miranda), poeta brasileiro (Alegrete, RS, 1906 - Porto Alegre, 1994). Autor de A rua dos cata-ventos (1940), Canções (1945), Sapato florido (1947), Espelho mágico (1948), O aprendiz de feiticeiro (1950), Poesias (1962), Nova antologia poética (1982) e Batalhão das letras (1984).

 


 

 

BANDEIRA (MANUEL CARNEIRO DE SOUSA BANDEIRA FILHO, dito Manuel), poeta e prosador brasileiro (Recife, PE, 1886 - Rio de Janeiro, 1968), professor de literatura no Colégio Pedro II e na Faculdade Nacional de Filosofia. Profundo conhecedor dos segredos da linguagem poética, iniciou-se como simbolista e veio a limitações doutrinárias, aliás, se libertou mais tarde, para alcançar expressão personalíssima, lastreada de emoção lírica. Obra poética: A cinza das horas (1917); Carnaval (1919); O ritmo dissoluto (1924); Libertinagem (1930); Estrela da manhã (1936); Lira dos cinqüent'anos (1940); Belo, belo (1948); Estrela da tarde (1960); Estrela da vida inteira (1965). Valiosa também sua obra de prosador, da qual se destacam: Apresentação da poesia brasileira (1944); Itinerário de Pasárgada (memórias, 1954); Andorinha, tornar-se uma das maiores figuras do modernismo, de cujas andorinha (crônicas, 1965). Foi membro da A.B.L.

 


 

ABREU (Casimiro José Marques de), poeta brasileiro da fase romântica (Capivari, RJ, 1839 - Indaiaçu, RJ, 1860). Depois dos primeiros estudos, o pai fê-lo entrar no comércio, profissão que não se conciliava com suas aspirações à vida literária. Viveu quatro anos em Portugal e aí escreveu grande parte de seus versos, caracterizados pela simplicidade da linguagem e pela inocente ternura com que canta a nostalgia da pátria, as saudades da infância e da vida familiar, os primeiros sobressaltos amorosos da adolescência (Camões e o jau, cena dramática, 1856, publicada em Lisboa; Primaveras, 1859). Patrono da cadeira 6 da A.B.L.

 


 


ALMEIDA (Guilherme de Andrade e), poeta brasileiro (Campinas, SP, 1890 - São Paulo, 1969), hábil artista do verso. Consagrado antes e depois da fase modernista. Em 1959 foi eleito “príncipe dos poetas brasileiros”, como sucessor de Olegário Mariano. É relevante sua atividade de tradutor. Obras principais: Nós (1917); A dança das horas (1919); Messidor (1920); A frauta que eu perdi (1924); Raça (1925). Foi membro da A.B.L.

 


 

Marcus Vinícius Cruz de Moraes nasceu no Rio de Janeiro em 1913 e tornou-se uma das figuras de grande expressão no cenário cultural brasileiro, teve importante papel na música popular brasileira, sendo um dos "fundadores" da Bossa Nova; foi letrista de composições de Tom Jobim, Carlos Lyra, Baden Powell, Edu Lobo, Francis Hime e Toquinho.
Mas foi como poeta que toda sua grandiosidade pôde ser vista e apreciada, principalmente com seus SONETOS. "Os sonetos eram, para Vinícius de Moraes, uma via de acesso ao sublime, mesmo quando essa elevação se processava através da linguagem prosaica do cotidiano aparentemente banal. Este é um atributo que sempre acompanhou o poeta: o poder de vislumbrar transcendência nas pequenas coisas. Vinícius foi autor de Forma e Exegese (Prêmio Filipe d'Oliveira) e Ariana, a mulher (1936), Novos poemas (1938), Livro de sonetos (1957) e Novos poemas (1959). Exerceu atividades ligadas ao cinema, tendo sido crítico, fundador de revista especializada e roteirista com a peça Orfeu da Conceição, transformada em filme por Marcel Camus (Orfeu Negro).

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